domingo, 20 de março de 2011

A Chegada de Cristóvão Colombo à América

          Cristóvão Colombo descobriu a América em 1492, enviado por Espanha. Colombo procurava um novo caminho para a Índia, mas, em vez disso,  encontrou a América, mais especificamente o arquipélago das Antilhas,  acreditando ter chegado à tal Índia. Ele foi feito governador dos novos territórios e fez outras viagens pelo Oceano Atlântico. Enriqueceu com o trabalho e negócio de escravos nativos, que obrigou a minar ouro. Embora fosse um grande navegador, era mau administrador e foi destituído do governo em 1500.
          A colonização da América levou Espanha a fazer invasões ao novo continente, dominando e destruindo sociedades indígenas, como  os incas e os astecas. Esta também procurou metais preciosos e explorou-os em grande quantidade, utilizando mão-de-obra indígena.
          Para melhorarem a sua soberania nos territórios americanos, os espanhóis tiveram que travar várias batalhas contra os habitantes nativos do continente.
          Na conquista, os espanhóis consolidavam alianças com diversos povos indígenas. Assim, Espanha explorou as rivalidades existentes entre os povos indígenas,  o que facilitou sua vitória.
Cristovão Colombo

O Tratado de Tordesilhas

          O Tratado de Tordesilhas foi assinado na localidade espanhola de Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, foi um tratado feito entre Portugal e Espanha para dividir as terras descobertas e por descobrir fora da Europa, por ambos os reinos. Este tratado surgiu porque Cristóvão Colombo descobriu a América (o arquipélago das Antilhas em específico), pensando ser a Índia. O problema era que, segundo o tratado de Alcáçovas (outro tratado que dividia as terras), esse território pertencia a Portugal. Espanha propôs a Portugal que fizessem um novo tratado, para que Espanha ficasse com a terra que ela pensava ser Índia. Mas Portugal sabia que a terra descoberta por Espanha era a América, então assinou o Tratado de Tordesilhas, ficando a ganhar. Mais tarde Espanha não as encontrou os vários produtos preciosos, nem especiarias que a Índia possuía e acabou por perceber que tinha encontrado a América.
          O Tratado dividiu as áreas de Portugal e Espanha, pertencendo a Portugal as terras situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e a Espanha as terras que ficassem além dessa linha.
                                  Representção do Tratado de Tordesilhas

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Descoberta do caminho marítimo para a Índia

   
          O projecto para o caminho marítimo para a Índia foi planeado por D. João II como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A presença marítima portuguesa estava cada vez mais sólida, D. João desejava o domínio das rotas comerciais e expansão do reino de Portugal, que já se transformava em Império. Porém, o empreendimento não foi realizado durante o seu reinado, mas sim no do seu sucessor, D. Manuel I, que escolheu Vasco da Gama para comandar esta expedição, embora mantendo o plano original.
          As especiarias eram consideradas o ouro das Índias. A canela, o gengibre e a pimenta eram produtos difíceis de obter, isto fez que Portugal quisesse chegar à Índia.
Ao todo, a tripulação tinha 170 homens.
          Os marinheiros dispunham de cartas de marear onde estava marcada toda a costa africana conhecida até então, de quadrantes, astrolábios, de regulamentos e de tábuas com cálculos, de agulhas e prumos. Um dos navios transportava exclusivamente mantimentos para três anos: biscoitos, feijão, carnes secas, vinho, farinha, azeite, salmouras e outras coisas de botica. Estava previsto o reabastecimento contínuo ao longo da costa de África. A viagem á Índia foi realizada por 3 naus e um navio de mantimentos. Nessas três naus ia um capitão e um piloto. No navio de mantimentos ia só um capitão. Nas duas naus ia também um escrivão, na primeira nau ia um mestre.
          A expedição iniciou-se a 8 de Julho de 1497. Durante esta expedição foram determinadas latitudes através da observação solar. Na viagem, o escorbuto instalou-se na população.
          Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima a Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a rota no Oceano Índico e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
          As negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, Samutiri de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor das suas ofertas. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o Samutiri e os representantes do Samutiri troçaram das suas ofertas.
          A perseverança de Vasco da Gama fez com que se iniciassem, mesmo assim, as negociações entre ele e o samorim, que se mostrou agradado com as cartas de D. Manuel I.
          Os portugueses acabaram por vender as suas mercadorias por um baixo preço para poderem adquirir pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino.
          A 12 de Julho de 1499, depois de mais de dois anos do início nesta expedição, entra a caravela Bérrio no rio Tejo, comandada por Nicolau Coelho, com a notícia que iria emocionar Lisboa: os portugueses chegaram à Índia pelo mar. Vasco da Gama tinha ficado para trás, na ilha Terceira, preferindo acompanhar o seu irmão, gravemente doente, renunciado assim aos festejos e felicitações pela notícia.
Das naus envolvidas, apenas a São Rafael não regressou, pois teria sido queimada por incapacidade de a manobrar, consequência do reduzido número a que se via a tripulação no regresso, fruto das doenças responsáveis pela morte de cerca de metade da tripulação, como o escorbuto, que se fez sentir mais afincadamente durante a travessia do Oceano Índico. Apenas 55 dos 148 homens que integravam a armada sobreviveram a este grande feito.
          Vasco da Gama retornou ao país em 29 de Agosto e foi recebido pelo próprio rei D. Manuel I com contentamento que lhe atribuía o título de Dom e grandes recompensas. Fez Nicolau Coelho fidalgo da sua casa, assim como a todos os outros, conforme os serviços que haviam prestado.
          D. Manuel I apressa-se a dar a notícia aos reis de Espanha, numa exibição orgulhosa do feito e para avisar que as rotas seriam futuramente exploradas por Portugal.


                                                   O Caminho Marítimo para a Índia